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Com juro estável, inflação tende a cair para meta de 4,5% no futuro, diz BC
Copom diz também que política de juros deve se manter vigilante.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que manteve a taxa básica de juros da economia estável em 11% ao ano pela terceira vez seguida na semana passada, sinalizou, por meio da ata do encontro, divulgada nesta quinta-feira (11), que não deve baixar os juros nas próximas reuniões - apesar da retração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro e segundo trimestres deste ano, cenário que caracteriza uma "recessão técnica".
O BC manteve a avaliação de que é "plausível" afirmar que, "mantidas as condições monetárias" – isto é, "levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária" –, a "inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta [central de 4,5%] nos trimestres finais do horizonte de projeção, ou seja, nos próximos anos.
"Apesar de a inflação ainda se encontrar elevada, o Copom pondera que pressões inflacionárias ora presentes na economia – a exemplo das decorrentes dos processos de realinhamentos de preços citados anteriormente e de ganhos salariais incompatíveis com ganhos de produtividade – tendem a arrefecer ou, até mesmo, a se esgotarem ao longo do horizonte relevante para a política monetária [nos próximos anos]", avaliou a autoridade monetária. Com isso, manteve análise que já foi feita anteriormente em julho deste ano.
A autoridade monetária também continuou avaliando que, em momentos como o atual, a política monetária, de definição dos juros básicos da economia para conter a inflação, deve se manter "vigilante" - de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária. Essa análise do BC também já havia sido feita nos últimos meses.
Pelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Para 2014, 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o IPCA, que serve de referência para o sistema brasileiro, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O governo considera que a meta foi cumprida ou não apenas com base no acumulado em 12 meses até dezembro de cada ano.Em doze meses até agosto, o IPCA somou 6,51% - pouco acima do teto do sistema de metas.
O Banco Central informou ainda que sua projeção de inflação para 2014, tanto no cenário de referência (juro e câmbio estáveis), ou de mercado (com juro e câmbio previsto pelos analistas dos bancos), diminuiu em relação ao valor considerado na reunião anterior, em julho deste ano, mas permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2015, acrescentou o BC, em ambos os cenários, as projeções de inflação se mantiveram estáveis, acima da meta; e, nos trimestres iniciais de 2016, as projeções indicam que a inflação entra em trajetória de convergência.
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Indicadores de inflação
08/2024 | 09/2024 | 10/2024 | |
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IGP-DI | 0,12% | 1,03% | 1,54% |
IGP-M | 0,29% | 0,62% | 1,52% |
INCC-DI | 0,70% | 0,58% | 0,68% |
INPC (IBGE) | -0,14% | 0,48% | 0,61% |
IPC (FIPE) | 0,18% | 0,18% | 0,80% |
IPC (FGV) | -0,16% | 0,63% | 0,30% |
IPCA (IBGE) | -0,02% | 0,44% | 0,56% |
IPCA-E (IBGE) | 0,19% | 0,13% | 0,54% |
IVAR (FGV) | 1,93% | 0,33% | -0,89% |
Indicadores diários
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Atualizado em: 15/11/2024 12:56 |